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Soja Intacta: um case de sucesso para a agricultura e o meio ambiente

 

Ao longo dos últimos anos, as histórias da soja e da biotecnologia aplicada à agricultura na América do Sul vêm se tornando uma só. A primeira soja transgênica do mundo foi aprovada para plantio, consumo animal e humano em 1994, nos EUA. Logo em 1996 já chegava na Argentina, seguida do Brasil em 1998, quando começamos com módicos 6,1% de adoção frente a todo o mercado. Duas décadas depois, 92,3% da soja plantada em solo brasileiro é geneticamente modificada (GM).

Uma conquista de mercado nessas proporções é a prova de que a biotecnologia representa uma solução real para um dos maiores desafios do agricultor: combater plantas daninhas e proteger a cultura contra insetos. E apesar de ser uma história de décadas, foi há cinco anos que uma soja GM em particular passou a fazer isso com grande eficiência. Estamos falando da soja Intacta.

Disponibilizada para agricultores na Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai desde a safra 2013/2014, essa soja tolerante a herbicida e resistente a insetos foi plantada em quase 24 milhões de hectares no ano agrícola 2017/2018, o equivalente a 41% de todo o plantio da cultura nesses quatro países. Ao longo dos cinco anos de adoção, a soma da área plantada totaliza 73,6 milhões de hectares. Contudo, os números mais interessantes talvez sejam aqueles relativos aos benefícios para a economia agrícola e o meio ambiente.

Para cada US$ 1 adicional investido na semente de Intacta o agricultor faturou US$ 3,88 a mais - na comparação com a semente convencional (não GM), o que representa US$ 104 a mais de rendimento por hectare plantado. Se considerarmos todos os agricultores que plantaram essas sementes até hoje, o aumento na renda chega a US$ 7,64 bilhões. Esses ganhos adicionais são consequência da maior produtividade alcançada (+9,2% em média) e menor custo com a proteção de cultivos, e tiveram um claro impacto econômico na vida de cada pessoa ligada ao trabalho com agricultura, beneficiando desde pequenas comunidades até as economias de cada um dos países que adotaram esse produto derivado da biotecnologia.

Temos ainda alguns indicadores que demonstram os ganhos que o meio ambiente também leva, atestando o valor que o uso da soja Intacta tem para uma agricultura sustentável. Graças à sua maior produtividade, economizamos 2,2 milhões de hectares de terras agriculturáveis que teriam que ser utilizados considerando a produtividade atingida com o plantio da soja convencional. O uso de praguicidas foi 15,1% menor em plantações da soja GM, ou seja, 10,44 milhões de kg desses produtos deixaram de ser utilizados e, como resultado, o impacto ambiental advindo da aplicação de herbicidas e inseticidas reduziu, melhorando o Quociente de Impacto Ambiental (EIQ) em 30,6%.

Mas as vantagens para o nosso planeta não param aí. Aplicar menos defensivos agrícolas significa reduzir o consumo de combustíveis fósseis e, com isso, a emissão de gases do efeito estufa advindos de sua queima para rodar máquinas agrícolas de aplicação. Apenas na safra 2017/2018, o extenso plantio de Intacta no continente sul-americano representou o equivalente à remoção de 3,3 milhões de carros das ruas.

Esses resultados fazem da soja Intacta o case de sucesso que é, unindo-se a outras culturas GM como verdadeira aliada do agricultor, da economia e do meio ambiente. Ela também nos relembra que a biotecnologia e os transgênicos dela derivados são ferramentas que já trazem diversos benefícios para a humanidade, garantindo um aumento de produtividade mais robusto e sustentável.

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