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Agricultura: existe um aplicativo para isso

 

As principais lojas de aplicativos para dispositivos móveis do mundo somam alguns milhões de apps disponíveis para download em seus bancos de dados. Esse é um testemunho cumulativo de alguns anos e atesta como o mundo continua caminhando para soluções digitais que focam em mobilidade e conectividade.


Esse movimento também tem ganhado força em Agricultura Moderna. Já contamos com sites que se propõem a listar os melhores aplicativos destinados a profissionais do mundo agro e para os mais diversos fins. Identificação de plantas daninhas, mensuração dos níveis de incorporação de nitrogênio pelas plantas, e levantamento de dados climáticos, de solo e de produtividade são apenas algumas das funções que alguns desses apps desempenham. E tudo isso se insere em um contexto maior denominado agricultura de precisão.


À medida que o setor se tecnifica e incorpora novas tecnologias de hardware e software, produtores passam a contar com ferramentas que se baseiam em coleta de dados que, uma vez processados, podem gerar informações extremamente valiosas para as tomadas de decisão em uma safra. Com a implementação de colhedoras dotadas de GPS e monitoramento de produtividade, dados georreferenciados podem revelar variações em cada área plantada e indicar a necessidade de ações corretivas para aquelas que apresentam um baixo rendimento. Amostras de solo coletadas de parcelas distintas permitem um mapeamento da estrutura e propriedades químicas, como níveis de nitrogênio. Alguns aplicativos vêm também se especializando na capacidade preditiva em relação a variações climáticas, fornecendo ao usuário previsões de curto e médio prazo, além de alertas no caso de situações extremas.


Ou seja, estamos realmente ficando mais precisos, e já começamos a ter dados suficientes para chegar aos incrementos que essas ferramentas de precisão trazem para o produtor. Hoje, estima-se que o mapeamento de produtividade e solo, os sistemas de orientação e tecnologias de aplicação a taxa variada agreguem ganhos da ordem de 1,8%, 1,5% e 1,1%, respectivamente. Apesar de tidos como “marginais”, esses ganhos são muito representativos quando consideramos a escala que a agricultura vem ganhando.


E os early adopters dessas novas tecnologias passam a ser os grandes produtores, devido à sua capacidade de ampliar a implementação e, consequentemente, os ganhos. Propriedades com mais de 1000 hectares conseguem hoje colher benefícios anuais brutos da ordem de U$ 39.000 com o uso desses sistemas, em um cenário em que os investimentos se pagam em aproximadamente 2 anos. Contudo, pequenos e médios produtores também se beneficiam, trabalhando com um tempo de retorno mais modesto, mas que os inserem no virtuoso ciclo de uma agricultura mais eficiente.


Estamos vivendo uma evidente transição entre a agricultura tradicional e a moderna. Já temos diversas ferramentas que nos dão claros indícios de que esse processo tem sido benéfico não só para quem está no campo, mas também para o cliente final: a sociedade. As economias de insumos agrícolas e os menores impactos ao meio ambiente que essas estratégias têm trazido indicam que estamos no caminho certo, e chegando cada vez mais próximos de uma agricultura mais sustentável.


Agricultor, qual o próximo aplicativo que você irá baixar?


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