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Agricultura 4.0: agricultura na 4ª Revolução Industrial

A máquina a vapor, o modelo Ford T e o computador pessoal são as grandes relíquias de cada uma das três Revoluções Industriais pelas quais já passamos. Eles representam, respectivamente, o início da mecanização, a linha de produção em massa e a automação de processos que nos trouxeram à 4ª Revolução Industrial, o início da era 4.0.


Essa nova era é marcada por uma fusão de tecnologias que resulta na redução das barreiras que existem entre as esferas física, digital e biológica. Como consequência, temos uma velocidade de mudança sem precedentes, uma evolução de novas descobertas e tecnologias que se dá em um ritmo agora exponencial, não mais linear. O poder de transformação dessa nova era é tal que sistemas inteiros de produção, gestão e governança estão sendo impactados, levando a processos de inovação disruptiva em praticamente todo setor da indústria, incluindo a agricultura.


Muitas propriedades agrícolas do mundo, incluindo o Brasil, já estão passando pelo processo de imersão no mundo 4.0. Hoje, drones sobrevoam plantações inteiras, máquinas agrícolas robustas passeiam sobre a lavoura autonomamente graças à orientação via GPS e culturas derivadas da biotecnologia apresentam proteção intrínseca contra diferentes pragas. A elas somam-se muitas outras tecnologias que estão chegando no mercado e compondo um grupo de ferramentas que irá solucionar muitos dos desafios que o agricultor tem hoje, como melhorar a gestão de recursos hídricos, reduzir impactos no meio ambiente e economizar a energia necessária para fazer rodar todas as engrenagens da alta produtividade.


Mas apesar de suas particularidades, os elementos de toda essa transformação no campo são os mesmos que permeiam outros setores. A Internet da Coisas (Internet of Things - IoT), que garante a conectividade entre dispositivos físicos (drones, tratores, celulares, tablets), permite uma comunicação entre equipamentos que antes agiam separadamente. Agora, contamos com uma rede de conexão entre esses dispositivos e a troca de uma grande quantidade de dados conhecida como Big Data, essencial para gerar informações para importantes tomadas de decisão e aprendizado para que possamos melhorar a previsão dos principais eventos que podem impactar o agronegócio.


Todo esse processo gerou a demanda pelo armazenamento de dados de forma a garantir um uso e rastreabilidade adequados, resultando na área de Computação em Nuvem (Cloud Computing). Por meio dessa tecnologia, nos livramos dos estoques físicos de arquivos e tornamos a rede de informações ainda mais integrada e segura, tendo a capacidade de devolver, para as próprias máquinas, dados que podem ser úteis no seu processo de melhoria contínua. Conhecida como Machine Learning, esse campo da ciência da computação trabalha justamente para que as próprias máquinas desenvolvam a habilidade de aprender, favorecendo a evolução de softwares e as tecnologias a eles associadas.


Dada a complexidade e grandiosidade de todo esse cenário, “Revolução” realmente parece ser o nome mais apropriado. Agricultores modernos, estejam preparados para tempos de rápida mudança.
 

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