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Tecnologia e inovação para o reparo de máquinas agrícolas

Com a chegada da Revolução Industrial e o desenvolvimento de máquinas mais complexas, diferentes práticas agrícolas puderam evoluir consideravelmente.

Com a chegada da Revolução Industrial e o desenvolvimento de máquinas mais complexas, diferentes práticas agrícolas puderam evoluir consideravelmente. Os primeiros tratores, inicialmente rodados com energia a vapor, chegaram no final do século XIX, permitindo que funções antes exercidas por humanos ou animais pudessem ser mecanizadas. Deixamos de plantar e colher com as mãos e demos espaço para plantadoras e colhedoras, maximizando nossa capacidade produtiva. Com isso, economizamos tempo, dinheiro e área plantada.

E como sempre aconteceu na história da relação entre o homem e suas inovações, os desafios mudaram e as novas tecnologias trouxeram novas oportunidades para contorná-los. O motor a combustão foi uma delas, otimizando o desempenho de maquinários na agricultura e em diversos outros setores. Em seguida, diferentes operações puderam ser combinadas em equipamentos que não só colhiam, mas também separavam e limpavam o produto colhido. Mais e mais conseguimos unir tecnologias, ferramentas e funções, criando sistemas que hoje são essenciais para as atividades no campo.

Mas um problema ainda presente em virtualmente toda propriedade que se utiliza de máquinas para o manejo dos campos é o desgaste naturalmente sofrido pelo seu uso. Esses equipamentos são submetidos a condições extremas, como impactos, forças de tração e terrenos hostis que com o tempo acabam por danificar componentes e partes mecânicas importantes, gerando prejuízos consideráveis ao agricultor. Entretanto, já existem propostas para contornar esse e outros problemas relacionados ao uso das máquinas agrícolas.

Um exemplo é o modelo de negócio da empresa de tecnologia e inovação AgriConnected. Fundada em 2017, a startup brasileira surgiu da percepção de que os maquinários frequentemente apresentam problemas pelo fato de seus proprietários não serem capazes de monitorar possíveis danos em um tempo adequado. Assim, a empresa desenvolveu ferramentas baseadas em inteligência artificial (AI), internet das coisas (IoT) e Big Data para otimizar os processos mecanizados, assim como qualificar a operação e o operador. Com isso, assinantes do serviço oferecido pela empresa podem se beneficiar da redução de custos desnecessários e do tempo de parada com a manutenção de máquinas quebradas e desgastadas. A proposta da empresa também é interessante por se tratar de um sistema com versatilidade para poder ser instalado em qualquer tipo de máquina, independentemente de marca, modelo ou ano de fabricação, o que amplia o leque de aplicações. Com uma instalação rápida que permite um uso imediato, o agricultor já pode passar a monitorar seus equipamentos e tempo real, bastando ter à plataforma online.

A ideia, que está em fase de testes e pilotos, é parte do programa de aceleração Ahead IBM Watson da Startup Farm em parceria com a IBM, representa um conceito que está em ótima sintonia com o constante processo de evolução tecnológica no qual a agricultura se insere. É a integração entre partes físicas e programas de computador, entre hardware e software. E apesar disso não ser novidade, é a constante aceleração das inovações que ganha destaque nos dias de hoje, abrindo inúmeras possibilidades para um futuro onde veremos drones sobre os campos e um fluxo de dados e informações cada vez mais intenso e preciso.

Tratores a vapor foram apenas o começo. O que será que o futuro nos guarda?

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