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Biomassa, biocombustível, biofuturo

 

Todas as nossas atividades dependem de energia para acontecer. Na verdade, cada ser vivo é uma máquina de transformação de energia e, portanto, é ela que permite a vida no nosso planeta. Os vegetais, por fazerem fotossíntese, são especialistas em transformar a energia solar em uma energia melhor aproveitável por eles e por outros organismos. É daí que veio o nosso interesse em domesticar alguns desses vegetais e criar todo um sistema de produção que conhecemos como agricultura.

No caso das atividades humanas, viemos por muito tempo explorando diferentes fontes de energia. Combustíveis fósseis, por exemplo, estão entre as mais utilizadas da história. Contudo, apesar de formadas a partir de um processo natural, hoje sabemos que seu uso leva a um aumento de gás carbônico (CO2) atmosférico, um dos responsáveis pelo efeito estufa e que contribui para o aquecimento global e mudanças climáticas. Na busca por alternativas mais amigáveis para o meio e nosso futuro, temos recorrido a fontes sustentáveis, como é o caso da biomassa e seu aproveitamento como biocombustível.

Biomassa compreende tanto organismos vivos (ou que estavam recentemente vivos) quanto quaisquer subprodutos desses organismos, sendo eles animais ou plantas. Isso significa que carvão, petróleo e demais restos fósseis são excluídos da definição. No caso da energia derivada de biomassa, entram na lista materiais biológicos que podem ser usados de forma a substituir combustíveis fósseis na produção de energia e de outros produtos. E essa substituição atualmente faz muito sentido pois a biomassa consome CO2 atmosférico enquanto está crescendo e, quando queimada, gera uma quantidade do gás equivalente àquela que foi consumida. Ou seja, o aumento líquido de CO2 na atmosfera pode ser considerado zero, fazendo dessa uma fonte mais limpa de energia do que as mais tradicionalmente utilizadas.

Isso é justamente o que caracteriza um biocombustível: o combustível derivado da biomassa. Um dos mais conhecidos é o etanol destinado para transporte. O Brasil, graças ao histórico de cultivo de cana-de-açúcar, a matéria-prima mais eficiente para produzi-lo, tornou-se referência internacional em geração sustentável e eficiente do produto. Ficamos atrás apenas dos Estados Unidos, hoje líder mundial que utiliza como fonte de produção o milho, um vegetal de menor rendimento quando comparado com a cana.

Entretanto, não é só de cana-de açúcar e do milho que se faz etanol. Soja, canola e palma são importantes insumos para biocombustíveis no atual mercado global. E algumas empresas do setor têm buscado alternativas que irão compor uma segunda e mais avançada geração de biomassa, como lixo, algas, gramíneas perenes e pequenos pedaços de madeira resultantes de trituração. Cada matéria-prima terá suas vantagens e deverá ser associada a tecnologias que permitam seu melhor aproveitamento energético. Independentemente da fonte, o uso sustentável desses insumos mais modernos irá melhorar consideravelmente a forma como o nosso transporte, a geração de calor e outros processos impactam o meio ambiente. Em última análise, caminharemos para mitigar os diversos efeitos das atividades antrópicas que necessitam da utilização de energia.

Todo esse contexto evidencia o papel fundamental da Agricultura Moderna na sustentabilidade da economia mundial.  Ao passo que inovamos e incorporamos novas tecnologias aos nossos sistemas de produção agrícola, conseguiremos produzir ainda mais biomassa e biocombustível, e garantir um biofuturo mais limpo para a vida no nosso planeta.

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